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Mercado Financeiro e Fintechs

Opções in the money, out of the money e at the money

Opções in the money, out of the money e at the money
24/06/2020
Eric Barreto
Partner e Prof. do Insper

Antes de ler esse texto, se você não entende de opções, recomendo que leia nossos textos sobre opção de compra (call) e opção de venda (put). Se você já é iniciado no assunto, siga em frente.

No mercado de derivativos, dizemos que uma opção está “in the money” (dentro do dinheiro) quando sua probabilidade de exercício é alta.

Uma opção de compra, por exemplo, é exercida somente se o valor do ativo objeto, na data de exercício, é maior do que o preço de exercício, de forma que o titular da opção compraria o ativo pelo preço de exercício e venderia pelo preço de mercado, obtendo lucro. Assim, a opção de compra estará “in the money" sempre que o valor justo do ativo objeto da opção estiver com valor à vista superior ao preço de exercício.

Com a opção de venda seria o contrário: ela é exercida se o valor do ativo objeto é menor que o preço de exercício na data de exercício, de forma que o titular da opção poderia comprar o ativo objeto a um preço de mercado menor e vende-lo ao preço de exercício, obtendo lucro. Desta forma, a opção de venda estará “in the money” quando o valor justo do ativo objeto estiver menor que o preço de exercício.

Uma opção “out of the money" (fora do dinheiro) reúne condições contrárias, já que se trata de um instrumento cuja probabilidade de exercício é menor. Um instrumento “fora do dinheiro” normalmente é mais barato do que um instrumento “no dinheiro”, e a despeito de não estar associada a um lucro provável, uma opção “out of the money" ainda pode funcionar como instrumento de proteção.

Voltando ao clássico exemplo em que comparamos uma put ao seguro de um automóvel, imaginemos que exista um seguro de automóvel que cubra somente a “perda total” do veículo. A princípio, e desconsiderando qualquer intenção não ética do proprietário do veículo, mesmo que a probabilidade de ocorrência de um sinistro seja baixa (esteja fora do dinheiro), o contrato de seguro tem valor como instrumento de proteção.

Uma opção de compra ou de venda também pode estar “at the money” (no dinheiro), quando o valor do ativo objeto é próximo do preço de exercício, situação em que é mais difícil mensurar a probabilidade de a opção ser exercida ou não.

Para fins de hedge, pode ser menos importante se uma opção está dentro ou fora do dinheiro. Muitas vezes, as áreas de risco de grandes empresas as protegem dos “cisnes negros” (eventos altamente improváveis) usando opções deep out of the money. Por que fazer isso? Porque os eventos “normais” podem sacrificar o resultado de uma empresa, mas eventos altamente improváveis, como uma grande variação no câmbio, em taxas de juros ou no preço de uma commodity, podem conduzir uma empresa à derrocada.

 
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