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Estrutura de análise macroeconômica

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Eric Barreto

Partner e Prof. do Insper

Estrutura de análise macroeconômica. A estrutura básica para uma análise macroeconômica normalmente divide a economia em cinco mercados que, através de suas ofertas e demandas, determinam os agregados macroeconômicos. Observe-os:

Do lado "Real" da Economia, o mercado de bens e serviços determina o nível de produção agregada, bem como o nível geral de preços. O nível geral dos preços e do obrigado da produção depende da demanda agregada: consumidores; empresas; governo; setor externo; e da oferta agregada de bens e serviços. Para que ao menos houvesse um equilíbrio de mercado, seria necessário que a oferta agregada de bens e serviços fosse igual a demanda agregada de bens e serviços.

Já no mercado de trabalho, a oferta de mão de obra dá-se pelo salário e pela evolução da população economicamente ativa. Já a procura de mão de obra ocorre pelo seu custo à empresa e do nível de produção desejada pela mesma. O equilíbrio nesse mercado se dá pela igualdade entre a oferta e a demanda de mão de obra, que determina o nível de emprego e a taxa de salário.

Do lado monetário, o próprio mercado monetário existe pelo motivo de todas as operações comerciais da economia serem realizadas através da moeda. Nele existe, portanto, uma demanda e também uma oferta de moeda, através do Banco Central, que juntas determinam uma taxa de juros.

Aqui a igualdade entre a oferta e a demanda de moeda dá a condição de equilíbrio no mercado monetário. E é ele quem impõem, além da taxa de juros, o estoque da moeda. No mercado de títulos, temos a determinação do preço dos títulos, por exemplo, dos Títulos Públicos Federais.

Neste mercado existem dois agentes principais: Os superavitários, que gastam menos e ganham mais, podendo efetuar empréstimos; e os agentes econômicos deficitários, que gastam mais que ganham, e que geralmente recorrem a empréstimos dos superavitários. Quando a oferta de título se iguala à sua demanda, ocorre o equilíbrio desse mercado.

O mercado de divisas, também conhecido como mercado de moeda estrangeira, cuida das transações da economia com o resto do mundo. Para que ocorra um equilíbrio nesse mercado, é necessário que a oferta de divisas, gerada pelas exportações e entrada de capital, seja igual à sua demanda, gerada pelas importações e saída de capital financeiro.

A taxa de câmbio é a variável determinada nesse mercado que possui interferência do Banco Central, que fixa ou deixa a taxa de câmbio flutuar.

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