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Contabilidade

CPC 23 / IAS 8 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro - Exercícios - Exercício I

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01/11/2019
Ivanice Floret
Principal

Então vamos para o nosso primeiro exercício. A gente está vendo um balanço patrimonial de uma determinada empresa para o período de 31/12/20x6. A gente tem o total do ativo, R$ 137.600, e o patrimônio líquido, R$ 137.600. Então, no caso, a empresa não tem passivo. Vamos entender o exercício. "Na data...", ou seja, em 31/12/20x6, "o terreno era avaliado ao custo, sendo que o seu valor justo era de R$ 80.000. Além disso, a máquina tinha sido comprada em 02/01/20x6 e era depreciada pelo método dos benefícios gerados. A empresa tinha a intenção de utilizar a máquina por quatro anos e depois doá-la. Na elaboração do balanço patrimonial em 31/12/20x7..." ou seja, um ano depois, "verificou-se que a previsão para as Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa, a PECLD...", na verdade, a PDD, "era de 4%. Além disso, os contadores da empresa julgaram que a informação contábil se aproximaria mais da realidade, caso os terrenos fossem avaliados ao valor justo e a máquina depreciada pelo método da linha reta. O valor justo do terreno na data era de R$ 85 mil". Então aqui a gente já tem uma informação importante. Por quê? Porque quando a gente olha o balanço patrimonial, a gente está vendo que "terrenos" estão no registro de R$ 60.000 na época da divulgação. E nessa mesma época da divulgação, o valor justo do terreno era de R$ 80.000. Só que a empresa considerou o custo histórico, por isso que está R$ 60.000. E um ano depois, 31/12/20x7, os contadores falam assim: "A informação contábil vai ficar mais adequada se a gente mudar a base de avaliação de terrenos que está como custo histórico para valor justo". E também se a gente mudar a base de depreciação -- critério de depreciação da máquina --, que hoje é considerada benefícios gerados, mas, na verdade, o que ficaria mais adequado seria o método da linha reta. E o exercício está pedindo para a gente identificar qual é a resposta adequada: dentre as cinco opções, qual é a resposta adequada com base no CPC 23, "Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro". Então a gente tem aqui informações importantes, no sentido de que a entidade decidiu fazer o quê? Decidiu mudar as suas políticas contábeis. Então ela quer mudar as políticas contábeis. Os contadores se reuniram e apresentaram para a empresa: "Vamos mudar a política contábil em relação à depreciação, vamos considerar agora o método da linha reta. E vamos também mudar a política contábil em relação à avaliação do terreno, que estava no custo histórico e, agora, a gente entende que é mais adequado aproximar mais da realidade, a informação torna-se mais confiável com o valor justo". Então, se a empresa decidiu voluntariamente mudar a política contábil, o que isso implica? Implica numa adoção retrospectiva, a empresa precisa voltar em 20x6 para poder adequar. Ela precisaria voltar três períodos, como a gente viu no início do nosso conteúdo... Mas a gente só tem essas informações de 20x6: a gente vai mudar 20x6 e, evidentemente, trazer aqueles valores adequados de 20x7. Então, o que a gente tem que considerar? Vamos verificar primeiro "terrenos". Lembrando que tudo o que a gente está fazendo aqui já tem as informações prontas no nosso material. Mas a gente vai fazer juntos essa primeira parte e os outras você vai fazer de acordo com aquilo que você aprendeu no nosso curso. Tenho certeza de que você vai acertar todas as respostas. Então, o que a gente está vendo aqui? [Começa a escrever na lousa] "Terrenos", em 20x6, estavam a um custo histórico. E estavam a um valor de R$ 60 mil. Em 20x7, a empresa não estava adotando o custo histórico, estava adotando o valor justo. E o valor justo em 20x7 é de R$ 85 mil. Ela tem a informação relacionada a 20x6 para "terrenos"? Olha no nosso material, vamos dar uma olhada... Tem. Então, em 20x6, o valor justo para "terrenos" é de R$ 80 mil. Significa que para "terrenos" ela vai precisar corrigir para R$ 80 mil. Então, de custo histórico, ela vai considerar valor justo: R$ 80 mil. Isso significa que ela vai ter um impacto, uma alteração, de R$ 20 mil, porque ela vai sair do R$ 60 mil e vai para R$ 80 mil. Então ela tem esse impacto de R$ 20 mil... Já identifiquei aqui. Porque, daqui a pouco, a gente vai montar o resuminho do balanço patrimonial. Então: esse aqui em relação a "terrenos". Qual é o outro ponto? "Depreciação". Então, em 20x6, a empresa utilizava o método dos benefícios gerados e em 20x7 o método da linha reta, sendo que o valor da máquina é de R$ 10 mil, e ela estabeleceu uma vida útil de quatro anos. Então, em 20x6, método de benefícios. Em 20x7, linear. E ela considerou como vida útil quatro anos. O valor do equipamento é de R$ 10 mil. Então, se o valor do equipamento é de R$ 10 mil reais, o que significa? Que, se eu pegar R$ 10 mil e dividir por quatro anos, eu vou chegar em R$ 2.500: esse é o valor que deve ser considerado de depreciação. Então o valor de depreciação, a partir de 20x7, é de R$ 2.500. Aí o exercício está dizendo para a gente que a entidade já tinha um saldo de R$ 2 mil: vamos dar uma olhada aqui. Em 20x6 ela tem um saldo de R$ 2 mil em "balanço patrimonial". Tem lá um acumulado de R$ 2 mil, só que, pelo que a gente está vendo aqui, o correto, considerando o novo método -- linear --, deveria ser R$ 2.500. O que ela tem que fazer? Ela tem que acrescentar em 20x7, R$ 2 mil... Perdão, ela tem que acrescentar R$ 500, porque ela já tem R$ 2 mil. Então ela tem que acrescentar em 20x7, R$ 500, e o saldo de 20x6... Eu acabei falando errado, vocês me desculpem... Então, vamos recapitular. Em 20x7, pela nova metodologia, considerando quatro anos, a depreciação anual é de R$ 2.500. Ela tem R$ 2000 em 20x6, é o saldo acumulado que a gente acabou de ver. Ora, como a gente está retroagindo -- a gente está corrigindo para que a nova política contábil tenha o efeito de como se ela sempre existisse --, então eu vou ajustar o saldo de R$ 2 mil para ele ficar igual ao de 20x7, para que fique de forma linear. Então ao valor de R$ 2 mil em 20x6 vai ser acrescentado R$ 500. Qual é o próximo item? O próximo item é de PDD. "Na elaboração do balanço patrimonial da empresa em 31/12/20x7, verificou-se que a previsão para as Perdas Estimadas de Créditos de Liquidação Duvidosa era de 4%". Então, se a gente for dar uma olhada no balanço patrimonial, a gente tem R$ 20 mil e tem R$ 400 com o PDD... "PCLD" não está escrito correto, estou só usando o termo que a gente alinhou. Então eu tenho uma PDD de R$ 400 sobre um saldo de contas a receber de clientes de R$ 20 mil, ou seja, eu tenho uma PDD de 2%. Só que agora os contadores disseram assim: "O correto, o que a gente vai agora decidir é que o valor deve ser de 4%". Então, o que a gente tem que estabelecer? A gente vai verificar em 20x7 o novo valor para fins de PDD. Então todos esses carinhas [aponta para a lousa], "terrenos" e "depreciação", a gente está tratando como mudança de políticas contábeis, por isso que a gente está retroagindo: a gente está falando só dos cálculos, mas a gente está retroagindo. Então a gente retroagiu o valor de depreciação para 20x6 e o valor de terrenos também para 20x6, por quê? Porque houve uma mudança de política contábil. Agora, em relação à PDD, o que a gente está vendo? A gente está vendo que PDD é uma informação baseada com estimativas. Então a gente está tendo agora uma mudança na estimativa contábil. Mudança na estimativa contábil: a aplicação é retrospectiva ou é prospectiva? Ela é prospectiva. Então, agora, eu tenho que considerar o quê? Eu tenho que considerar a nova premissa de 4% sobre o valor de contas a receber. Pelo que a gente viu, não tem mudança. Então, R$ 20 mil x 4%: a gente está a R$ 800. Então a PDD agora... A gente está falando que a mudança na estimativa é prospectiva, então: R$ 20 mil x 4% para 20x7. E eu vou chegar numa nova PDD de R$ 800. Isso significa que para 20x6 o valor não vai mudar, o valor vai continuar de R$ 400, considerando os 2%, que é a informação que a gente já tem, é só dar uma olhada no balanço patrimonial. Como que é só 2%? Porque a gente tem o valor de R$ 400 sobre R$ 20 mil: foi o resultado do meu "contas a receber" da minha conta de clientes. Então agora eu tenho essa nova informação: a empresa tem ali informações mais apuradas. E a gente está falando de uma estimativa contábil: se eu mudo a estimativa contábil, esse efeito é prospectivo daqui para frente, de 20x7 para frente. Vamos agora construir o nosso novo balancinho? Então, vamos lá. Vamos trazer o nosso novo balancinho com relação a esses ajustes que a gente tem para fins do ativo, que é o que o exercício está perguntando. Então vou trazer aqui 20x6 e 20x7. Então o primeiro item que a gente tem no balanço patrimonial do ativo é "caixa": "caixa/banco". Quanto a gente tem em 20x6? Dá uma olhadinha: R$ 50.000. Então não tive nenhum tipo de alteração para 20x6 para continuar. Em 20x7 também não teve nenhum tipo de alteração em relação a políticas contábeis de caixa/equivalente de caixa. Então continua exatamente o mesmo saldo. Qual é o próximo?... Aqui [na lousa] vou colocar de forma mais simplificada, não vou fazer todo o balanço patrimonial, não. Então vou colocar mais simplificado, porque o exercício quer saber o valor do nosso ativo depois dessas mudanças. "Cliente": teve alguma alteração no valor do "cliente"? No "cliente" não teve nenhuma alteração, onde teve foi na "PDD". Então "cliente" continua R$ 20 mil para 20x7. E como eu falei -- vou colocar [no quadro] em vermelho -- nós tivemos PDD. Na "PDD" em 20x6 a gente não fez nenhum tipo de alteração, por quê? Porque a gente está falando de mudança na estimativa. Então eu vou continuar com o mesmo saldo, R$ 400. Só que em 20x7 esse valor passou a 4%, então: R$ 800 de PDD. Qual é o próximo item? "Terrenos". Em "terrenos" eu tive uma mudança. Antes era quanto?... Vou colocar tipo apóstrofo, mas depois eu vou apagar. Antes era R$ 60 mil. O que eu tenho que fazer? Eu tenho que ajustar + R$ 20 mil. Então, + R$ 20 mil, por quê? Porque o valor justo de 20x6 é R$ 80 mil. O valor justo de 20x7 é R$ 85 mil. O valor justo, vocês sabem, vai oscilando. Então eu faço esse acréscimo no ativo (+ R$ 20 mil), e a contrapartida eu vou fazer no patrimônio líquido. Então no patrimônio líquido eu faria esse acréscimo de R$ 20 mil. Então o total tem que ser R$ 80 mil. R$ 80 mil: R$ 20 mil + R$ 60 mil anteriores. Então esses R$ 20 mil eu acrescentaria no balanço patrimonial de 20x6, eu colocaria lá em 20x6 e acrescentaria no PL de lá: R$ 80 mil. O que mais? Temos mais alguma coisa? Temos o valor da máquina. "Máquina": quanto é o valor da máquina? A máquina foi adquirida por R$ 10 mil. Então a máquina foi adquirida pelo valor de R$ 10 mil, não tive nenhum tipo de alteração em termos do valor da máquina, mas a gente teve mudança na depreciação. Porque em 20x6 era de acordo com os benefício gerados e em 20x7 pelo método linear. Então, considerando o 20x7 -- quatro anos --, a gente sabe que o valor é de R$ 2.500. Em 20x6 a gente tinha um saldo de R$ 2 mil, olhando o balanço, e eu faço o acréscimo de + R$ 500... Eu sei que é sinal invertido, mas é só para ilustrar. Então eu adiciono, incremento R$ 500 -- também com efeito lá no patrimônio líquido. Então corrijo a depreciação para 20x6 para também ficar no valor de R$ 2.500. Só que em 20x7 eu vou fazendo o acumulado, porque nisso aqui a gente está vendo saldo acumulado. Então o saldo acumulado que eu tenho para 20x7, esses R$ 2500 + R$ 2.500 anteriores... Eu vou ter o acumulado de R$ 5 mil, que é pegando sempre o anterior. Então vamos somar, vamos ver quanto a gente tem. Então eu tenho R$ 70 mil (R$ 50 mil + R$ 20 mil) + R$ 90 mil (R$ 80 mil + R$ 10 mil) = R$ 160 mil. R$ 160 mil - R$ 2.900 (que é R$ 400 + R$ 2.500) = R$ 157.100. R$ 157.100 para 20x6. Vamos ver 20x7. Tenho R$ 50 mil... Os mesmos R$ 70 mil + R$ 95 mil (R$ 85 mil + R$ 10 mil) = R$ 165 mil. R$ 165 mil - R$ 5.800 = R$ 159.200: esse é o nosso novo total do ativo. Vamos encontrar qual é a alternativa correta? Alternativa correta: letra "b)". Exatamente isso: R$ 159.200 para 20x7 e R$ 157.100 para 20x6. Vamos para o próximo?

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