Demonstração do Fluxo de Caixa
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Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC). O objetivo da DFC é evidenciar as variações do saldo de caixa e equivalentes de caixa de um período, classificando as entradas e saídas de caixa em três atividades: Operacionais; De Investimento; e De Financiamento.
A figura utilizada pelo Professor Bruno Salotti em suas aulas, na FEA-USP, mostra o relacionamento de cada um dos grupos da DFC com os grupos do balanço patrimonial.
De fato, a DFC demonstra a movimentação do grupo de caixa e equivalentes de caixa. Mas o que são equivalentes de caixa? Mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa a curto prazo, e não para investimentos e outros fins, esse tipo de aplicação deve ser prontamente conversível em um valor de caixa e sujeito a insignificante risco de mudança. Deve ter vencimento no prazo de três meses ou menos.
Fluxo de Caixa das Operações (FCO). É proveniente de atividades relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços. Normalmente, relacionam-se com as transações que figuram na demonstração de resultado de exercício.
O FCO parte do lucro líquido do exercício e ajusta todas as contas da DRE do regime de competência para o regime de caixa. Vai além do EBITDA, que só corrige o problema das amortizações e depreciações, retirando do lucro o efeito de provisões e outros itens que não afetam o caixa.
Do FCO também precisam ser excluídos os itens que não fazem parte dos fluxos operacionais, pois são provenientes de atividades de investimento ou de financiamento. Veja os exemplos abaixo:
Para transformar o FCO em uma medida sob o regime de caixa, é preciso ainda somar as variações do ACO e do PCO:
Fluxo de Caixa dos Investimentos (FCI). Relaciona-se, normalmente, com o aumento ou diminuição dos ativos de longo prazo que a empresa utiliza no seu negócio. O FCI representa a geração ou consumo de caixa efetivo das atividades de investimento: Investimentos; Imobilizado; Intangível; Realizável a Longo Prazo.
Fluxo de Caixa dos Financiamentos (FCF). Relaciona-se com os aportes e resgates de credores e de investidores da entidade. No FCF, entre outros eventos, devemos encontrar os seguintes: Integralização de capital; Pagamento de dividendos e JCP; Empréstimos e financiamentos obtidos; Pagamento de empréstimos e financiamentos; Juros recebidos; Juros pagos; Variações cambiais.
A tabela a seguir, desenvolvida a partir do livro do Professor Flávio Málaga, não é determinística, mas dá uma ideia do estágio do ciclo de vida de uma empresa em função da magnitude dos seus fluxos de caixa.