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IAS 28 / CPC 18 (R2) - Teste de Impairment - Reversão, goodwill e abordagens de valor em uso - Alocação de goodwill

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01/01/2018
Eric Barreto
Partner e Prof. do Insper

P1 [00:00:00] Uma entidade foi adquirida pelo valor de 950 após e ela possuía, na data de aquisição, ativos mensurados ao valor justo de 1.100 e passivos adquiridos ao valor justo de 350. Estamos falando aqui de uma combinação de negócios. Quando uma entidade adquire o controle de outra por meio de uma aquisição, de uma fusão, de algum outro tipo de combinação que resulte na transferência do controle. Primeira pergunta é: qual o valor do ágio pago na transação? Para saber o valor do ágio a gente precisa saber o seguinte: quando a gente tem uma combinação de negócios, a entidade adquirida tem todos os seus ativos e passivos mensurados a valor justo.

P1 [00:00:55] Todos os ativos e passivos da entidade adquirida, inclusive aqueles que não estavam contabilizados antes da combinação de negócios, todos eles devem ser mensurados ao valor justo. Legal. Então, mensuramos os ativos, deu 1.100, mensuramos passivos a valor justo deu 350. Aí, ativo menos passivo, para a gente ver o patrimônio líquido da empresa adquirida: 1.100 - 350, quanto é que dá isso? 750. Então, o patrimônio líquido a valor justo, que a gente chama de ativos líquidos quando se trata de combinação de negócio, então, os ativos líquidos dessa entidade adquirida chegam em 750.

P1 [00:01:44] Mas, nós pagamos 950. 950 menos ativos líquidos de 750, faz a gente chegar em um ágio de 200. Então, está aqui o cálculo do ágio: valor pago menos patrimônio líquido a valor justo da entidade adquirida, chegamos no ágio de 200. Bom, por que a gente está falando de ágio em um curso de Impairment? Porque quando a gente faz o teste de Impairment em uma entidade, se a entidade tem Goodwill, esse Goodwill deve ser testado anualmente. Aliás, não só o Goodwill, mas toda unidade geradora de caixa da qual faz parte esse Goodwill.

P1 [00:02:38] Então, vamos supor o seguinte: que a entidade adquirida foi dividida em 3 unidades geradoras de caixa e cada qual com as seguintes características. Então, a unidade geradora de caixa X tinha ativos a valor justo de 500 e passivos a valor justo de 100. Quer dizer que ativo menos passivo chega em um PL a valor justo ou ativos líquidos de 400. Muito bem, veja que a soma desses ativos a valor justo dá 1100, a soma desses passivos a valor justo dá 350, que é o que a gente tinha aqui quando a gente calculou o PL a valor justo da entidade adquirida como um todo, antes da gente desmembrar ela em UGCs. Então, ativos e passivos a valor justo.

P1 [00:03:35] O valor em uso da entidade adquirida. Então, cada entidade adquirida, para cada entidade não, para cada UGC da entidade adquirida, para cada UGC a gente fez um cálculo de valor em uso. A gente projetou fluxo de caixa, trouxe a valor presente lá e tinha um valor em uso para cada uma delas. Então, supondo que para cada uma dessas unidades o valor em uso é igual. Temos unidade geradora de caixa X, unidade Y e unidade Z, cada uma delas tem o valor em uso de 400, mas cada uma delas tem ativos específicos e passivos específicos. Então, cada uma delas tem ativos líquidos de valores diferentes, apesar do valor em uso ser o mesmo.

P1 [00:04:29] Bom, a gente colocou uma coluninha aqui para falar de sinergias não identificadas. Por que quando a gente faz uma combinação de negócios, a gente precifica a empresa normalmente com base no potencial dela de geração de fluxo de caixa. Normalmente com base nisso aqui, a gente projeta a expectativa de geração de caixa da empresa, traz isso a valor presente, para saber qual o valor que essa empresa deve gerar. Algumas vezes, a gente imagina que essa empresa vai gerar caixa porque tem sinergia com o nosso negócio. Então, eu devo usar a mesma área comercial, a mesma estrutura física, as mesmas máquinas para produzir alguns ativos ou devo encaixar esta unidade adquirida na minha linha de produção atual.

P1 [00:05:29] Então, eu tenho sinergias que não são relacionadas a um ativo específico ou a uma UGC específica. Mas, apesar de não identificadas, elas foram captadas no meu valuation. Está aqui nesse numerozinho, nesses 3 numerozinhos de valor em uso. Bom, eu estou chamando de sinergias não identificadas a diferença do valor em uso para os ativos líquidos. Então, 400 - 400. Então, a unidade X não tem nenhuma sinergia não identificada, quer dizer, todo o valor de uso está captado nos valores de ativos e passivos.

P1 [00:06:15] Unidade Y, tem o valor de uso que foi calculado em 400 e a diferença de ativos e passivos é 150, quer dizer, tem aí uma geração de valor que é esperada, que não tá sendo captada nesses ativos e passivos. Essas energias não identificadas a gente colocou aqui como 250. Na unidade Z, também, a gente espera que gere fluxos de caixa de 400. O valor de uso de 400. Só que, o PL dela a valor justo é de 200. Então, a contabilidade, os ativos e passivos não estão captando toda expectativa de geração de caixa. Então, essa expectativa não identificada é 200, é a diferença de 400 para os ativos líquidos da entidade.

P1 [00:07:20] Então, sinergias não identificadas é (b-a), (b)-(a). Legal? Então, como é que a gente vai fazer a locação do Goodwill, que a gente calculou aqui desse ágil de 200, como é que a gente vai fazer a locação dele por unidade geradora de caixa? A gente normalmente faz isso usando regra de três simples, usando a proporcionalidade dos valores dos ativos. Este exemplo aqui, ele está te induzindo a fazer a locação desse ágio por meio dessas sinergias não identificadas. Então, como que a gente faria a locação desse ágio de 200 em cada uma das unidades geradoras de caixa?

P1 [00:08:10] A gente tem 200 para alocar. O total da sinergias não identificadas é 450. Então, eu vou fazer com base nessas sinergias não identificadas. Se, o total delas é 450, para unidade X eu não tenho nada, então, não vou alocar nenhum pedacinho desses 200 na unidade X. Na unidade Y, eu vou alocar 250 divido por 450. Então, este percentual aqui, 250 sobre 450, esta razão, é o que eu vou alocar dos 200. E, na última unidade, eu vou alocar dos 200 dividido por 250, este pedacinho do ágio de 200, que eu vou colocar na UGC Z. Legal? Então, a gente faz uso das proporções, das proporcionalidades para fazer alocação do Goodwill nas unidades geradoras de caixa. Esse é um expediente prático no qual a gente está interpretando a norma contábil.

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