Nenhum resultado encontrado.

IAS 36 / CPC 01 (R1) - Teste de Impairment - Avançado - Valor recuperável - Histórinha p1

Tenha acesso ilimitado

Acesso a cursos, guias, artigos e vídeos. Sem pontuação CRC.

R$100

/mês

Começar Também preciso de pontos CRC
01/01/2018
Eric Barreto
Partner e Prof. do Insper

Para ilustrar o nosso curso, para a gente ter um exemplo simples sobre a aplicação do teste de impairment, vamos utilizar uma história antiga, uma história fictícia, vocês vão perceber, em que a gente vai testar esse prédio aqui.

Suponha que este prédio está contabilizado pelo custo de \(11 milhões, e já tem uma depreciação acumulada de\) 3 milhões. Quer dizer, \(11 milhões menos\) 3 milhões, de que ele já está depreciado. Então, não temos um valor contábil líquido de $ 8 milhões. Este é o valor que vai ser sujeitado a um teste de impairment, o valor contábil líquido: o custo menos a depreciação neste caso.

Temos a informação aqui. Vida útil estimada em 10 anos, valor residual $ 800 mil. Então, se a gente precisar mexer alguma coisa na depreciação deste edifício, a gente vai usar essas informações aqui.

Bom, no primeiro momento, suponhamos que não há evidência de perda específica em relação a este prédio. Mas a gente vai fazer o teste de impairment mesmo assim. Por quê? Porque a norma contábil fala: "você vai fazer o teste de impairment todo ano para ativo intangível com vida útil indefinida; goodwill; ativos em construção". Então, esses três você vai fazer todo ano.

E vai fazer o teste de impairment daqueles ativos que têm evidência de perda. Mas se você não tiver evidência de perda, ainda assim a norma sugere que o teste de impairment seja realizado a cada três ou cinco anos para evitar que se cometa algum engano. A gente acaba negligenciando uma evidência de perda, nunca fez o teste de impairment, e pode ser que o ativo esteja desvalorizado.

Então, aqui neste exemplo nunca foi realizado o teste de impairment, então a gente resolveu fazer. Valor Justo menos Despesa de Venda desse ativo é \(7.900.000. Portanto, um pouco abaixo dos\) 8.000.000 que é o valor contábil líquido do ativo.

Primeira pergunta. Deve ser reconhecida uma perda por impairment neste momento? Ainda não, né? Ainda não, porque a gente precisou observar o quê? O valor em uso. Para calcular o valor em uso deste prédio, o que a gente precisa saber? Como ele gera caixa. Legal.

Como ele gera caixa? Vamos supor que este prédio é utilizado para obtenção de rendas de aluguel. Então, provavelmente ele se enquadra na definição de propriedade para investimento, não na definição de ativo imobilizado. Uma propriedade para investimento ou ativo imobilizado, tanto faz. Se ele tiver outras receitas advindas desse prédio, não só as rendas de aluguel, ele pode ser registrado no ativo imobilizado. Se ele tiver só rendas de aluguel como receitas significativas, ele é propriedade para investimento.

Mas independentemente disso, o que a gente precisa fazer? A gente precisa pegar o orçamento de receitas, custos e despesas relacionadas a esse ativo e usar como base este orçamento, para projetar o fluxo de caixa e calcular o valor em uso do ativo.

Normalmente a gente usa um orçamento, no máximo, de cinco anos. Porque um orçamento para mais de cinco anos já é uma coisa complicada de se fazer. Então, a norma sugere que se faça um orçamento de no máximo de cinco anos.

Se for extrapolar esses cinco anos, tem que ter alguma explicação viável. Por exemplo, eu poderia utilizar um orçamento de 10 anos se eu já tivesse contratos assinados, contratos de 10 anos. Se eu tiver um negócio de mais longo prazo em que eu tenha contratos longos, tudo bem. Não tem problema tão grande eu utilizar um orçamento mais longo. Mas o normal é que a gente utilize o orçamento de cinco anos, e a gente extrapole esses fluxos de caixa. De que forma? Mantendo-os constantes a partir dos cinco anos, ou reduzindo os fluxos de caixa a partir dos cinco anos.

Então, neste exemplo aqui, vamos supor que o valor em uso foi calculado com base em um orçamento de cinco anos que prevê um lucro mensal de $ 120.000, com crescimento de 3% a cada 12 meses. Vamos considerar um crescimento de 0% a partir do final dessa projeção orçamentária e uma taxa de desconto de 1% a.m..

Muito bem. Agora vocês vão pausar este vídeo para estimar o valor em uso desse empreendimento, o valor recuperável (você já sabe o que é valor recuperável), e se houver uma perda por impairment, evidenciar como é que isso vai ser contabilizado. Onde que a gente vai reduzir o valor do ativo, onde vai ser a contrapartida?

Mas a primeira missão que você tem é rabiscar o fluxo de caixa dessa projeção orçamentária, e depois esticar ele por mais... Quanto tempo? "Valor em uso, orçamento de cinco anos, crescimento de 3%... Depois considerar crescimento de 0% a partir do fim da projeção orçamentária."

Por quanto tempo? Vamos usar essa informação aqui: ele tem vida útil estimada em mais 10 anos. Então, o tempo todo do ativo, o tempo todo da projeção vai ser 10 anos. Cinco anos, com base neste orçamento, e depois os outros cinco anos a gente considera um fluxo de caixa constante.

Então, dê uma pausa nesse vídeo, faça isso usando uma calculadora financeira, papel e caneta. Ou, vai facilitar o seu trabalho, usar um Excel ou algum software equivalente.

Relacionados