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Mercado Financeiro e Fintechs

Aplicações financeiras - Títulos públicos

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01/06/2020
Eric Barreto
Partner e Prof. do Insper

Um tipo de aplicação financeira bastante interessante são as aplicações em títulos públicos. Interessante porque você tem um risco baixo, uma vez que a contraparte que emitiu esses títulos, quem vai te pagar no final, é o governo. Então, você está investindo no Tesouro Direto. O Tesouro Direto negocia títulos públicos brasileiros, então quem está te pagando aqui é o Governo Federal. Você comprou um título, pagou R$ 1000 e vai resgar esse título daqui a algum tempo, ou vai vender esse título no meio do caminho, e vai receber esse valor aqui com alguma remuneração. Então, o Tesouro Direito é uma alternativa interessante, primeiro, porque ele é seguro, você tem como contraparte o governo brasileiro, então tem a questão da segurança; e tem uma questão que é a remuneração propriamente dita. Muitas vezes, quando a gente aplica em CDBs, a gente aplica em instituições financeiras, a gente recebe um percentual da Taxa Selic. Os títulos do governo pagam a Taxa Selic cheia, eles pagam 100% da Taxa Selic. Aí só existe um título público... Quando eu for investir em títulos públicos o que eu preciso verificar? Uma coisa interessante é verificar o vencimento do título público. Se você pretende fazer uma aplicação de longo prazo, você pretende manter isso até o vencimento para receber a remuneração desses títulos, você tem que verificar o vencimento desse título, o que é adequado para a aplicação para a aplicação que você precisa fazer, e o tipo de remuneração. Porque no tesouro existem títulos prefixados, que antigamente eram chamadas de LTN - Letras do Tesouro Nacional; e existem títulos pós-fixados, como as LFTs, que eram chamadas antigamente de Letras Financeiras do Tesouro. Esses títulos, então, podem ser pré ou pós-fixados. As prefixadas podem ser com vencimento único. Ou seja, eu apliquei R$ 900 hoje para receber R$ 1000, ou seja, prefixado, eu já sei qual é o valor do vencimento, daqui um determinado período. Isso é uma aplicação prefixada com um único vencimento. Eu poderia ter uma aplicação, um título, que me pagasse o principal no final e que me paga juros semestrais como as Notas do Tesouro Nacional, que antigamente eram chamadas de NTN. Então a gente tem títulos que pagam juros semestrais e no final pagam o valor principal desse título. Mas vamos nos concentrar nos títulos mais simples, os que têm um vencimento. O prefixado e tem o pós-fixado também. O pós-fixado é: eu comprei um título, por exemplo, pelo valor de R$ 900; no final ele vai me pagar esse valor de R$ 900 corrigido pela Selic. Então, ele vai multiplicar por 1 + a Taxa Selic acumulada nesse período, elevada ao prazo. Então, seriam R$ 900 multiplicados por 1 + Selic elevado ao prazo. Eu não sei exatamente qual vai ser o valor no vencimento. Vantagens e desvantagens de fazer uma aplicação prefixada ou uma pós-fixada? A vantagem de se fazer uma prefixada? Isso é vantajoso quando você está em um momento em que a taxa de juros é alta e você acredita que a taxa vai cair. Se você prefixou, você fez uma aplicação prefixada, tanto faz se a taxa de juros cai ou sobe. Você sabe que você vai receber R$ 1000 lá no final. Você aplicou R$ 900; você vai receber R$ 1000 de qualquer maneira. Se a taxa é pós-fixada, você tem um risco que é: você aplicou esse valor e ao longo do tempo a taxa de juros está caindo. À medida em que a taxa de juros cai, a tua remuneração está caindo também. Por outro lado você tem a vantagem de que se acontecer o contrário, se a Taxa Selic está subindo, no prefixado você não tem esse ganho, você perdeu essa oportunidade. No pós-fixado, se a Taxa Selic está subindo, eu estou ganhando junto com o mercado. Então, tem que ver que tipo de risco você pretende correr ao fazer uma aplicação prefixada ou pós-fixada. Muitas instituições financeiras, por meio de seus bancos e suas corretoras, intermediam a aplicação do cliente no Tesouro Direto. Então, eu sou cliente de um banco, eu vou lá no meu banco, por meio eletrônico ou não, mas é bastante comum eu fazer isso por meio eletrônico. Vou lá no aplicativo do banco e dou um comando: quero fazer uma aplicação no Tesouro Direto. Quero fazer uma aplicação de R$ 10.000 no Tesouro Direto. Então, a instituição financeira pega o meu dinheiro, vai lá e compra esse título no Tesouro Direto em meu nome. Então, a instituição financeira só está fazendo uma intermediação e ela pode cobrar alguma corretagem nessa transação, mas o meu negócio é lá no final com o emitente, com o Tesouro Nacional que está emitindo esse título.

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