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Finanças Corporativas

Ciclo Financeiro, NGC e Efeito Tesoura

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01/01/2016
Eric Barreto
Partner e Prof. do Insper

Neste módulo, nós vamos tratar de alguns assuntos mais avançados dentro da gestão de Capital de Giro. E vamos falar também sobre Alavancagem. Este é o módulo três.

Primeiramente, nós vamos falar sobre Ciclo Financeiro, Necessidade de Capital de Giro e sobre o Efeito Tesoura.

Esses três conceitos estão bastante relacionados um com o outro. Primeiro o Ciclo Financeiro. Ciclo Financeiro, essa figura que está sendo projetada na sua tela, ela é um fluxo de caixa... Um fluxo operacional e um fluxo de caixa. E aqui não tem nenhum saldo contábil, não tem nenhum valor aqui.

A gente está falando, somente, de prazos em dias. Vamos pensar em uma empresa mais fácil de entender, como uma empresa comercial ou uma empresa... Uma indústria. Esse tipo de empresa normalmente compra matéria-prima ou mercadoria para revenda.

Ela tem um prazo entre a data de compra e a data de venda, que é o que a gente chama de prazo de estocagem. Se a gente estiver numa indústria, esse prazo pode incluir, também... Ele pode incluir a armazenagem da matéria-prima, ele pode incluir a transformação da matéria-prima, um prazo de produção.

E, ao final, o prazo de estocagem do produto final. Tá, mas como usuário externo da informação contábil, a gente não tem acesso a essas informações.

Então, a gente vai chamar isso tudo de prazo de estocagem. Se você tiver informações gerenciais de uma empresa, então aí você consegue separar esse prazo em períodos menores. Da data de compra até a data de pagamento, também é comum que a gente tenha um prazo, que aqui a gente vai chamar de Prazo de Pagamento.

E da data de venda, até a data que o cliente paga, a gente vai chamar isso de prazo de recebimento. Então, a gente tem, neste fluxo, um pagamento. Tem uma certa distância até o fluxo de recebimento.

Então, entre um fluxo e outro, essa distância é o que nós damos o nome de ciclo financeiro. Então, o ciclo financeiro é: Se a gente somar o Prazo Médio de Estocagem com o Prazo Médio de Recebimento e excluirmos o Prazo Médio de Pagamento, a gente chega no ciclo financeiro.

Então ele é a diferença entre as duas datas de fluxo de caixa: A data de pagamento e a data de recebimento. Normalmente, quando a gente tem um ciclo financeiro positivo, significa que a empresa é o normal.

Primeiro a empresa paga e depois ela recebe. Então, ela tem um ciclo financeiro positivo, que é o que acontece com a maior parte das empresas. Mas algumas empresas, algumas grandes empresas privilegiadas, elas têm um prazo de pagamento maior.

Então observe, agora, a nossa figura. O prazo de pagamento, ele se estendeu. Então, se eu tiver um prazo de pagamento grandão, significa que os fornecedores dessa empresa, eles estão financiando todo o prazo de estocagem, a produção da empresa, se ela for uma indústria, e também estão financiando o cliente dessa empresa.

Estão financiando tanto o prazo de estocagem, como o prazo de recebimento. Situação legal, né? Então essa situação, se a gente fizer essa continha do ciclo financeiro, a gente vai ter um ciclo financeiro em dias. Vamos voltar à situação anterior.

Essa situação é mais normal para a maior parte das empresas. Então vamos falar um pouquinho sobre ela. Quando a gente começa esse ciclo, ali onde está sinalizado como compra, é a data de compra. Lá nós estamos iniciando um ciclo operacional. E, nessa data, não há necessidade dos gestores, dos sócios dessa empresa, colocarem a mão no bolso, de eles desembolsarem alguma coisa.

Quando é que eles têm necessidade de aportar dinheiro na empresa, seja dinheiro próprio ou o dinheiro de terceiros? Na data do pagamento. Então, ao final do Prazo de Pagamento é quando surge a Necessidade de Capital de Giro. Veja, eu estou usando o termo Necessidade de Capital de Giro, estou afirmando que ela surge neste momento. E que ela surge justamente desse descasamento entre prazos de pagamento e prazo de recebimento.

Mas aqui a gente não está calculando a necessidade de capital de giro. Aqui a gente está falando em número de dias, ciclo financeiro. A Necessidade de Capital de Giro, a gente vai calcular com base em números do balanço.

Para fazer essas contas, é importante a gente conhecer alguns conceitos. Então, o que foi chamado de ACO, é o Ativo Circulante Operacional. Ativo Circulante Operacional engloba, basicamente, os mais significativos, o contas a receber e o estoque. Isso costuma ser significativo em muitas empresas.

Uma empresa de serviço não vai ter estoques, né? Então, tem particularidades de negócios para para negócios, mas na maior parte dos casos funciona isso. Os ativos mais significantes costumam ser contas a receber e estoques.

Se a gente for calcular o número absoluto e do Ativo Circulante Operacional, a gente vai incluir outros itens no Ativo Circulante Operacional, mesmo que sejam itens menos significativos, como Despesas Pagas Antecipadamente e outros itens que não os Ativos Financeiros.

É mais fácil, para a gente entender, o que classificar como Operacional, para não ficar uma discussão sem fim de "será que isso é operacional? Será que não é operacional?".

O melhor é você pegar o Ativo Circulante e excluir o que é Ativo Circulante Financeiro. Porque o Ativo Circulante Financeiro é mais fácil de identificar. O Ativo Circulante Financeiro, ele engloba Caixa, Equivalentes de Caixa e Aplicações Financeiras de Curto Prazo. Basicamente isso.

E o resto, o que sobrar, a gente vai chamar de Ativo Circulante Operacional. Do lado do Passivo Circulante, a gente fez a mesma quebra: Passivo Circulante Operacional e Passivo Circulante Financeiro, sendo que dentro do Financeiro a gente deve ter Empréstimos, Financiamentos, Títulos Emitidos e afins. E dentro do Operacional, o resto.

Mas, de novo, se a gente quiser simplificar a coisa, se a gente quiser usar só o que é mais significativo, a gente, provavelmente vai utilizar a Conta de Fornecedores como a representante do Passivo Circulante Operacional. E, dependendo do negócio, a gente pode utilizar aí o contas a pagar, salários a pagar, algum grupinho mais específico.

O que nós vamos chamar de ST, é o Saldo em Tesouraria. E o que nós vamos chamar de NCG, Necessidade de Capital de Giro, Que alguns autores chamam de Necessidade de Investimento em Giro.

Olha só. Essa tabelinha que está projetada na sua tela, é chamada de Análise do Giro... Vamos entender essa tabela por partes. Vamos falar, primeiro, de duas linhas. Primeiro essa linha que está dizendo que AC = ACO + ACF.

Ora, se nós quebramos o Ativo Circulante em duas partes, obviamente a soma das duas é o próprio Ativo Circulante. O mesmo vale para a segunda linha, que está bem ali ao meio: PC = PCO + PCF.

Ora, se nós quebramos o passivo em duas partes, obviamente, a soma dessas duas partes é o próprio Passivo Circulante. Então, essas duas linhas, estão bem fáceis de entender.

Fácil de entender também está a primeira coluna da esquerda. Fácil porque a gente já falou sobre isso. A gente já falou que Ativo Circulante menos Passivo Circulante é igual ao Capital de Giro Líquido. É isso que está dizendo a primeira coluna.

O que a gente ainda não falou de forma mais própria, não dedicamos muito tempo a isso é que a diferença de ACO e PCO, ou seja, Ativo Circulante Operacional, menos Passivo Circulante Operacional, é igual à Necessidade de Capital de Giro.

Vamos pensar se isso faz sentido. Ativo Circulante Operacional: Os principais itens do Ativo Circulante Operacional, costumam ser contas a receber e estoques. E os principais itens representantes do Passivo Circulante Operacional costumam ser fornecedores, contas a pagar, esse tipo de coisa.

Então, a gente está falando que a Necessidade de Capital de Giro é a diferença desses dois grupos contábeis, desses dois agrupamentos. A Necessidade de Capital de Giro, eu já falei que ela surge da diferença da data de pagamento para a data de recebimento.

Quando a gente paga fornecedores e quando a gente recebe de clientes. Aí a gente tem uma necessidade de buscar capital para financiar a estocagem para financiar o prazo que o cliente tem... Então, para financiar os nossos clientes.

Então a Necessidade de Capital de Giro surge desse descasamento de prazos. Ora, se a gente pensar em prazos... Vamos voltar lá no conceito de ciclo financeiro. O ciclo financeiro não é, justamente, a diferença do o prazo de recebimento e do prazo de estocagem para o Prazo de Pagamento?

Então o ciclo financeiro a gente calculou dessa forma e em número de dias. A Necessidade de Capital de Giro, a gente está usando basicamente os mesmos elementos, só que a gente está calculando a partir de saldos do balanço.

A terceira coluna, tá ai à direita, ela diz que: A diferença do Ativo Circulante Financeiro para o Passivo Circulante Financeiro é o Saldo em Tesouraria. Então, o saldo em tesouraria é como se a gente tivesse uma conta corrente... Ou, melhor dizendo, como se a gente tivesse conta em um banco e, além dessa conta corrente, a gente tem investimentos, a gente tem empréstimos tomados, a gente tem vários produtos nesse banco.

Quando a gente olha para o Extrato Consolidado, aquele que mostra toda a nossa posição, tanto de investimentos quanto de empréstimos e financiamentos, a gente está olhando para o Saldo em Tesouraria.

Se eu pegar tudo o que eu tenho aplicado: A minha conta corrente, os meus investimentos em fundos, a minha conta poupança. Tudo aquilo que eu tenho investido, menos aquilo que eu tenho tomado, isso é o saldo em tesouraria.

Vou voltar um pouquinho na figura anterior. Como eu falei, a Necessidade de Capital de Giro surge desse descasamento de prazos, certo? Então, essa empresa que tem ciclo financeiro positivo, ela provavelmente vai ter Necessidade de Capital de Giro positiva também.

Quer dizer, ela precisa de capital para financiar um pedaço do prazo de estocagem, como você observa na figura, e também precisa de capital para financiar os clientes para financiar o prazo de recebimento.

Uma empresa que tem um prazo de pagamento grandão, como a Ambev, por exemplo. Ambev é conhecida por fazer essa gestão de pagamento, ter um prazo de pagamento mais longo, e ela consegue isso, justamente, por quê?

Porque ela é a Ambev. Ela é uma empresa que tem força de negociação com os seus fornecedores. Ela tem um bom poder de barganha, também, na negociação com os seus clientes. Ela, em relação aos seus concorrentes, também, tem um posicionamento diferenciado, bastante confortável. Então, a Ambev trabalha com um prazo de pagamento maior, normalmente, do que a soma do prazo de estocagem e do prazo de recebimento.

O que significa isso? Quer dizer que se a gente for calcular o ciclo financeiro da Ambev a gente vai chegar em um número negativo. E, consequentemente, se a gente calcular a Necessidade de Capital de Giro da Ambev, a gente vai concluir que a Necessidade de Capital de Giro é negativa.

O que significa isso, Necessidade de Capital de Giro negativa? Significa que a empresa não tem Necessidade de Capital de Giro. Ela não precisa investir em ativos de giro. Ao contrário, se ela recebe dos clientes antes de pagar fornecedores, ela tem um período de sobra.

Nesse período de sobra ela, provavelmente, vai aplicar esse dinheiro, não vai deixar o dinheiro parado no caixa. Ela vai ter um Saldo em Tesouraria, muito provavelmente, positivo. Lembrando o Saldo em Tesouraria, diferença do que ela tem de Ativo Circulante Financeiro para Passivo Circulante Financeiro.

Não quer dizer que essa empresa não vai ter Passivo Circulante Financeiro, não vai ter Empréstimo de Curto Prazo. Ela, com certeza... Se ela tomar empréstimos no longo prazo, ela deve ter empréstimos no curto prazo, também, porque uma hora vai chegar a data de pagamento desses empréstimos. Então, uma hora ele vai transitar no Passivo Circulante.

Vamos voltar lá para frente. Então, aqui, estamos reforçando aquela relação da Necessidade de Capital de Giro, que nesse slide está chamado de NIG, não de NCG. A gente está variando a terminologia aqui, só para lembrar que a Necessidade de Capital de Giro é chamada, por alguns autores, de Necessidade de Investimento em Giro.

Então a relação da Necessidade de Capital de Giro para o ciclo financeiro. Nós temos aí que a NCG = ACO - PCO. Na segunda linha: O ACO, ele é formado principalmente por Estoque e contas a receber, além de outros ativos que costumam ser um pouco menos relevantes.

O PCO, ele é formado basicamente por fornecedores, contas a pagar e afins. Se a gente pegar essa expressão do NCG e a gente transforma ela em prazos, o Estoque vira Prazo Médio de Estocagem, o contas a receber vira Prazo Médio de Recebimentos, fornecedores vira Prazo Médio de Pagamento.

Então, a expressão de cálculo da NCG é a mesma do ciclo financeiro. Só que um é calculado em saldos, o outro é calculado em dias. Esse gráfico ele mostra uma situação bastante interessante. A gente tem, aqui, o gráfico mostrando a Necessidade de Capital de Giro de uma empresa ao longo do tempo.

Por exemplo, se a gente está analisando uma empresa ao longo de alguns anos ou ao longo de alguns meses, ou trimestres, a Necessidade de Capital de Giro dessa empresa está crescendo, e o Capital de Giro Líquido dessa empresa está crescendo também.

O que tem de bom aqui para a gente observar essa figura? Que o Saldo em Tesouraria... O Saldo em Tesouraria é a diferença do Capital de Giro Líquido para a Necessidade de Capital de Giro. Essa era a última linha daquela tabelinha que nós apresentamos há pouco. Aquela tabelinha que falava de Ativo Circulante; Ativo Circulante Operacional; Passivo Circulante Operacional; Ativo Circulante Financeiro; Passivo Circulante Financeiro; Saldo em Tesouraria; NCG; e CGL.

A última linha dizia que o CGL é igual à soma da NCG para o Saldo em Tesouraria. Então a gente poderia calcular o Saldo em Tesouraria, também, por diferença. Se a gente tirar, pegar o CGL e excluir o NCG, a gente chega no Saldo em Tesouraria. Esse gráfico mostra isso. Então, Saldo em Tesouraria é a diferença desses dois números.

Um Capital de Giro Líquido negativo, quando nós falamos de indicadores de liquidez, nós falamos que o significado disso é que não há ativos de curto prazo suficientes para cobrir todo o passivo de curto prazo.

Isso era uma informação ruim. Quando a gente estava olhando o CGL ou quando estava olhando o Índice de Liquidez Corrente, ou os outros indicadores, a gente queria ver um CGL positivo. A gente queria ver o Índice de Liquidez Corrente maior do que *1.

Mas esses indicadores de liquidez, eles podem não ser um problema. Em uma empresa como a Ambev, por exemplo, se você calcular o Capital de Giro Líquido da Ambev, é muito possível, e até provável, que ele seja menor do que *0.

Consequentemente, o Índice de Liquidez Corrente vai ser menor do que 1. E isso não é nenhum problema para a Ambev. Por quê? Porque ela tem Necessidade de Capital de Giro negativa. Os fornecedores da empresa estão financiando a operação dela, estão financiando aquilo que ela precisa ter para operar; que é estoque, que é contas a receber e alguns outros ativos circulantes da operação.

Então, nesse caso aqui, se os dois, tanto o CGL quanto a NCG são negativos, mas o CGL é maior do que a NCG, quer dizer que essa empresa ainda tem uma sobra de caixa. Ela tem Saldo em Tesouraria positivo. Ou seja, ela tem mais caixa e aplicações financeiras do que empréstimos tomados.

Não parece que ela tem uma situação de liquidez complicada. Isso porque uma NCG negativa mostra que o próprio passivo operacional financia o capital de giro da empresa.

Vamos observar mais uma figura aqui. Nessa figura a gente tem NCG positiva e temos, também, um CGL positivo. O CGL está lá acima da NGC. Como a diferença dos dois é o Saldo em Tesouraria, então essa empresa também, aparentemente, tem uma posição mais tranquila. Ela tem mais ativo circulante financeiro do que passivo circulante financeiro.

Uma NCG positiva mostra que a entidade precisa de recursos para financiar o seu capital de giro. Quer dizer, os fornecedores não estão financiando todo o capital de giro. Eles podem estar financiando um pedaço do estoque, um pedaço do Contra a Receber, mas não todo o capital de giro. Então, essa entidade vai precisar de recursos, sejam recursos de sócios ou recursos de terceiros.

Essa próxima figura ela já mostra que as duas linhas, a do Capital de Giro Líquido e da Necessidade de Capital de Giro, elas não estão mais paralelas. Essas duas linhas estão mostrando uma tendência de reversão. Esta tendência de reversão é o que nós chamamos de efeito tesoura.

Efeito tesoura, porque ele tem o formatinho de uma tesoura aberta. Então, é uma tendência de reversão do Saldo em Tesouraria. Se a gente calculou os indicadores até uma determinada data e eles estão apontando para essa tendência...

Se a empresa continua com o aumento da Necessidade de Capital de Giro e com estabilidade ou redução do Capital de Giro Líquido, em algum momento essas duas linhas vão se cruzar e o Saldo em Tesouraria da empresa fica negativo.

Quer dizer, ela passa a ter mais empréstimos e financiamentos, no curto prazo, do que caixa e aplicações financeiras. Então, é um indicador que a gente tem que ficar de olho.

É bastante interessante, quando você está fazendo análise de balanços, você pegar os balanços mais recentes da empresa e fazer um gráfico. Você calcula o Capital de Giro Líquido, calcula a Necessidade de Capital de Giro e faz um gráfico para a gente observar o comportamento dessas duas linhas, e para a gente pensar em tendências também.

Então, se o CGL não cresce junto com a NCG, a entidade precisa de mais recursos financeiros para financiar o giro. Então o Saldo em Tesouraria tende a se tornar negativo. A empresa tem que ir tomando mais recursos de curto prazo para se financiar.

O NCG crescente mostra que os ativos operacionais estão crescendo em um ritmo maior do que os passivos operacionais. Isso pode ser, por exemplo: A empresa não está conseguindo prazo, não está conseguindo negociar o prazo de pagamento com os fornecedores. Isso acontece quando o risco de crédito da empresa aumenta.

Pode ser que a empresa, para vender, ela teve que aumentar o prazo de recebimento. Ou, por alguma questão logística, ela teve que aumentar o prazo de estocagem.

Uma outra figurinha está ilustrando o nosso efeito tesoura, é esse gráfico que está, agora, projetado. Nesse gráfico a gente mostra uma situação que já se reverteu. Ele continua com a tesourinha aberta aí, mas notem: O Capital de Giro Líquido é menor do que a Necessidade de Capital de Giro. Quer dizer que a gente já está com o Saldo em Tesouraria negativo.

Eu gosto de trabalhar com esses indicadores de forma gráfica, eu acho bastante produtivo. Mas alguns autores trabalham com um indicador que divide o Saldo em Tesouraria pela Necessidade de Capital de Giro. Necessidade de capital de giro em módulo, tá? A gente não considera o sinal dela. O saldo em tesouraria, sim, aí a gente considera o sinal.

Nos próximos slides, a gente tem aí o Sopa de Letrinhas. É a primeira vez que ele aparece aqui no curso e, cada vez que ele aparecer, ele vai ficar rodando na sua tela. E o que eu recomendo? Que você faça uma pausa no vídeo para fazer a leitura desses slides. Ou que você passe o vídeo até o fim e que depois, quando você fizer o download da nossa apostila, você faça a leitura dessa seção, legal? Então vamos lá.