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Contabilidade

IFRS 9 / CPC 48 - Perdas de crédito - Ativo problemático adquirido

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01/01/2017
Eric Barreto
Partner e Prof. do Insper

Uma outra novidade que a gente tem no IFRS 9, no que tange as perdas de crédito, é o tratamento de ativos que são gerados ou adquiridos já com problemas de crédito.

Em alguns caso, considera-se que um ativo financeiro apresenta problemas de crédito no reconhecimento inicial porque o risco de crédito é muito elevado, sendo comprado com um grande desconto. Exige-se que uma entidade inclua as perdas de crédito esperadas iniciais nos fluxos de caixa estimados ao calcular a taxa de juros efetiva ajustada ao crédito.

Então, esse trecho da norma está reconhecendo que muitas vezes isso acontece. Um ativo financeiro já é adquirido, ou ele é gerado, já com problemas de crédito, já com risco de crédito elevado. E nessas situações ele considera que o ativo deve começar já com um valor menor, e que a taxa efetiva de juros deve ser uma taxa ajustada ao risco de crédito.

Para ilustrar isso a gente colocou um exercício aqui. Suponha que um ativo com valor futuro de \(200.000, vencimento em um ano, tenha sido adquirido por\) 110.000. Então, ele foi adquirido aqui por \(110.000. A perda esperada nesse ativo, devido ao risco de crédito elevado, foi calculada em\) 100.000, valor do vencimento. Quer dizer, essa perda está sendo estimada na data de vencimento. Ou seja, espera-se que no vencimento seja recebido $ 120.000. Sabendo que, desconsiderando os problemas de crédito, a taxa de mercada para esse ativo seria de 30%, demonstre o reconhecimento inicial desse ativo.

Então, desconsiderando problemas de crédito, a taxa efetiva... Aliás, a taxa de mercado para esse ativo seria de 30% a.a..

Então, o reconhecimento inicial desse ativo, como é que ele vai ser? Vou pegar a minha calculadora aqui, e também vou sugerir que nesse momento você pause esse vídeo e, com base naquele trecho da norma que nós lemos, você tente resolver o exercício.

Então o que eu vou calcular aqui? Eu tenho um valor esperado de recebimento de \(120.000, esse é o meu valor futuro. Tenho uma taxa de mercado de 30% que eu vou colocar aqui no "i". Tenho um ano que eu vou colocar aqui no "n", o período. Vou pedir para a calculadora calcular o valor presente de acordo com essa taxa efetiva de juros. Esse valor deu\) 92.307,69. No slide ele está arredondado, o valor de $ 92.308. Vamos utilizar esse número já arredondado.

Então, como é que a gente contabiliza essa aquisição do ativo financeiro? Foi feito um desembolso, entrega de caixa, de \(110.000, mas o valor justo, inicial, desse ativo é\) 92.308. Por quê? O valor pelo qual o ativo poderia ser trocado no mercado, seria à taxa de mercado, à taxa de 30%. E olhando para o valor que deve ser recebido, o valor que se espera que seja recebido. Então, os participantes de mercado, se a gente tiver uma transação sem favorecimento, pagariam $ 92.308 por esse ativo.

Por isso a gente contabiliza dessa forma: sai caixa de \(110.000, registra-se um ativo financeiro de\) 92.308. A diferença entre esses dois valores, que está aí no slide, é o $ 17.692. Essa diferença vai ser contabilizada como uma perda na demonstração de resultado do exercício. Então, isso aqui vai estar lá... Vai passar pela demonstração de resultado do exercício no período.

A partir daqui? Eu reconheci, inicialmente, o ativo por $ 92.308, e eu vou atualizar esse ativo se ele for um ativo mensurado ao custo amortizado. Eu vou atualizar esse ativo de acordo com a taxa efetiva de juros, que vai ser calculada com esse valor presente e com esse valor futuro, que deve ser a própria taxa de 30% a.a..

Então, se for uma mensuração ao custo amortizado eu vou continuar atualizando esse ativo ativo, até o vencimento, à taxa de 30% a.a..

Legal? Então, vamos para o próximo.

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