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Contabilidade

Caso Prático 3 (IFRS 10 / CPC 36 (R3) - Demonstrações Consolidadas)

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01/11/2019
Ivanice Floret
Principal

a a gente vai fazer um outro caso, em que vamos verificar que também teve uma venda entre as partes, entre a controladora e a controlada e que, dessa venda, também tem uma margem. Só que a compradora vendeu um pedaço para terceiros, ou seja, não ficou 100% no balanço, como esse último que nós fizemos. Uma parte ficou, outra parte ela vendeu. A gente vai ver aí algumas diferenças.

Eu vou pedir pra você acompanhar comigo na tela, porque já está, de certa forma, construído e aqui a gente vai destacar só alguns pontos, para você entender onde eu quero chamar a atenção. Então, nós temos aí o balanço patrimonial de A e também o balanço patrimonial de B. E agora a gente vai construir o balanço patrimonial consolidado.

O que é importante a gente considerar aqui? É que na parte de estoques, nós também vamos considerar a margem e a parte que ainda está no estoque. Ou seja, o exercício está dizendo que A detém 100% de B e fez uma venda para B. Uma venda de quanto? De R$500,00, que é o nosso exemplo, e teve uma margem de 20%.

Só que, diferente do anterior, essa aquisição de B... Uma parte, ela vendeu e outra parte ela ainda tem no estoque. E o que a gente precisa fazer? A gente precisa fazer a proporção do que ainda tem no estoque. E quanto ainda tem no estoque? 60%. Ou seja, 40% foi vendido e gerou lucro, efetivamente. Isso vai lá para o resultado.

Só que essa parte que ainda não vendeu, a gente precisa tirar o efeito, porque não faz sentido apresentar vendas entre as partes. Então o eu vou ter que fazer aqui? Para construir a eliminação lá da linha do estoque, eu vou pegar R$500,00, que é o valor da venda e vou considerar os 20% de participação, da margem. E vou considerar valor que ainda está no estoque, o que não foi vendido: 60%.

Quanto vai dar esse total? Eu vou considerar 60% de R$500,00 e, deste resultado, calcular 20%, que dá R$60,00. Esse é o valor que nós temos e que eu vou eliminar lá da linha de estoque. Então, se a gente for demonstrar aqui rapidamente, de forma simples...

O que eu tenho na linha de estoques? Eu tenho R$100,00 de A e R$300,00 de B. E o total daria R$400,00, mas eu tenho que eliminar esse percentual, esse valor relacionado ao lucro não realizado que tem ainda no estoque, no valor de R$60,00. Então, o meu saldo de estoque deve ser quanto? R$340,00. Lembrando que você também vai incluir esses R$60,00 no patrimônio líquido.

Vamos dar uma olhada lá no nosso material... O que ele está demonstrando? Que eu tenho de exclusão do patrimônio líquido o valor de R$1.210,00. E por que eu tenho esse valor? Vamos lá... Quanto é o patrimônio líquido de A? R$2.050,00. E quanto é o patrimônio líquido de B? R$1.150,00. Eu já fiz a exclusão desse valor aqui relacionado com o lucro não realizado. E eu também tenho que fazer a exclusão de investimentos.

O exercício está dizendo que A tem 100% de B, ou seja, A tem quanto de investimento aqui? R$1.150,00 é o investimento que A tem em B, o que corresponde exatamente ao patrimônio líquido.

Se estamos fazendo a demonstração consolidada, eu preciso eliminar. Então eu venho aqui e faço exclusão, a eliminação de R$1.150,00. Toda vez que eu faço isso, eu tenho também que eliminar no patrimônio líquido, porque eu tenho que fazer débito e crédito. Lembra que a gente fez assim lá na nossa introdução? Ou seja, eu estou fazendo um crédito em investimentos e estou fazendo um débito no patrimônio líquido em capital. De quanto? De R$1.150,00. E assim, eu elimino esse efeito.

Porém, o que eu quero chamar a atenção? Que além de eu eliminar no patrimônio líquido o valor relacionado ao investimento, de R$1.150,00, eu também tenho que eliminar os R$60,00 referentes à margem. Então, o meu total de eliminação vai ser R$1.150,00 + R$60,00. Isso dá R$1.210,00, que é o meu total de eliminação.

Na maioria dos casos, as eliminações sempre são em contrapartida ao patrimônio líquido. Então esses aqui são os efeitos da minha eliminação no balanço patrimonial. E depois eu vou somar os demais saldos. Acompanhe comigo.

Você vai verificar que caixa está somando, R$200,00 + R$100,00 = R$300,00. Contas a receber de clientes (não está dizendo que é entre as partes), então R$400,00 + R$300,00 = R$700,00. Estoques: R$100,00 + R$300,00 - R$60,00 = R$340,00, que a gente já tinha visto no quadro. Chego no total do ativo, considerando que ainda tem o imobilizado, R$1.000,00 + R$1.100,00 = R$2.100,00 mil. Total: R$3.440,00.

Faço agora a parte do balanço patrimonial. Vou somando todas as linhas: contas a pagar e fornecedores, R$450,00 e R$1 mil, respectivamente. Lá no patrimônio líquido, fiz a eliminação de R$1.210,00, que foi o que fizemos na lousa, ou seja: R$60,00 da margem, referente a venda. E o investimento de R$1.150,00. Chego num patrimônio líquido de R$1.990,00.

Então aí no nosso material, nós demonstramos, de uma forma simplificada, esse efeito da eliminação. E o que é interessante aqui? É que nesse caso, nós não temos PNC (Participação de Não Controlador). E por quê? Exatamente, porque A tem 100% de B.

Então, por isso que nós não temos aqui PNC. Se tivesse uma participação menor, a gente iria destacar. Tanto que no material a gente deixou a linha em branco, só para verificar que não tem mesmo, mas se tivesse a gente colocaria lá o valor relacionado à Participação de Não Controlador.

Agora a gente vai fazer a DRE, a Demonstração de Resultado do Exercício consolidada. E aqui eu quero chamar atenção para dois pontos.

O primeiro relacionado ao resultado da equivalência patrimonial, que considera a participação que A tem em B. Ou seja, 100%. E quanto B teve resultado, de lucro? B teve R$200,00 de lucro líquido, se formos olhar a DRE individual de B. Porque A construiu a sua DRE e B também construiu a sua própria DRE.

Quando A foi construir a sua DRE, ela considerou o investimento que tem em B. B teve lucro, então A considera isso com o resultado de equivalência patrimonial, proporcional à sua participação.

Como sua participação é 100%, o resultado da equivalência patrimonial está 100%, R$200,00. Anteriormente, o resultado era de 60%, estava lá R$120,00, a diferença, que era dos minoritários.

Aqui a gente está fazendo a mesma coisa. Como eu tenho que fazer a eliminação, eu excluo os R$200,00. É a mesma coisa, estou aqui apenas demonstrando como que se chgou a esse valor de R$200,00. Tal valor refere-se à participação do lucro líquido. Esse é um ponto que eu quero chamar a atenção.

O outro ponto importante, que eu quero considerar, é referente aos custos. O que a gente precisa verificar aqui? O efeito da transação entre as partes. Ou seja, A vendeu para B, R$500,00, com uma margem de 20%. Essa foi a venda de A para B.

O que eu preciso considerar? Num primeiro momento, eu preciso considerar exatamente o efeito dessa venda com essa margem. Então, considero R$500,00, que é o valor da venda, multiplicados por 80%. E por que 80%. Porque eu estou excluindo os 20% da margem, da venda. Então o resultado deu R$400,00.

Finalizou por aqui? Não. Porque olhe o que o exercício está dizendo... Que B ainda mantém 60% da compra de A no seu estoque. Vendeu apenas quanto? 40%. Ou seja, eu preciso considerar esse efeito da margem na venda, levando em conta que ainda tem 60% no estoque de B.

Então o que eu vou fazer? Vou pegar os R$500,00, o valor da venda, vou considerar o valor da margem, 20%. E vou considerar o valor da venda: 40%. E quanto dá isso? R$500,00 x 20% x 40% = R$40,00. Então, eu vou eliminar de custo o total de R$440,00.

Repetindo. Eu considerei exatamente o que eu vinha fazendo antes. O valor da venda menos o efeito da eliminação, menos o efeito da margem entre as partes, então eu considero somente 80%, porque 20% foi a margem. Cheguei a R$400,00. Só que 40% foi vendido, já foi entregue aos clientes, a terceiros. Então eu considero esses 40% para calcular o valor da margem sobre essa venda.

Então R$500,00 x 20% x o valor a terceiros, que deu R$40,00. Então, o total que eu tenho que considerar como custos, para eliminação, seria -R$440,00.

Vamos lá para a DRE? Então aqui na DRE o que estamos fazendo? Eliminando a venda, de R$500,00. Então, mesma coisa, R$2.000,00 + R$1.000,00 = R$3.000,00. Isso menos R$500,00 restam R$2.500,00. Custos: R$1.100,00 - R$600,00, considerando agora R$440,00. Então o total menos R$1.260, excluí os R$440,00 que a gente verificou agora.

Lucro bruto R$1.240. Despesas operacionais, eu somo a linha: R$300,00 + R$100,00 = R$400,00. Aqui, eu estou somando, mas deve-se considerar que o valor é negativo, então -R$400,00. Já fiz a exclusão do resultado da equivalência patrimonial, então o efeito aqui é zero. Tem R$1.240,00 - R$400,00, eu tenho resultado operacional de R$840,00. Somo R$100,00 + R$150,00, referente a resultado financeiro, e chego num resultado, antes dos impostos, de R$690,00, de onde eu faço a exclusão do Imposto de Renda e chego em R$440,00.

Chegamos em R$440,00 e observe que na linha da DRE, a gente só tem a informação do lucro consolidado. Por que eu estou considerando o lucro consolidado de R$440,00? Porque A tem 100% de participação em B. Ou seja, A não tem que demonstrar a linha referente à PNC, à Participação de Não Controlador. Não tem porque A é 100% controladora de B.

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