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Contabilidade

IAS 7 / CPC 03 (R2) - Demonstração do Fluxo de Caixa - Apresentação - Apresentação

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01/11/2019
Ivanice Floret
Principal

Então, conseguiu entrar lá no site da B3? Baixou aí uma ou duas demonstrações? Pegou a parte da DFC? Daqui a pouco a gente vai falar sobre esse pedido que eu fiz a vocês. A gente vai falar sobre a demonstração do fluxo de caixa. Todo esse curso está embasado no CPC 03 que é um pronunciamento contábil que apresenta todo o conceito e as exigências para a apresentação da DFC. E aí, é legal se você puder, também, acessar o site do CPC, consulta no item de pronunciamentos o CPC 03, que serve para você também conhecer um pouco mais, com profundidade, sobre essa demonstração. O que seria Demonstração do Fluxo de Caixa? A Demonstração do Fluxo de Caixa ou a DFC é um relatório contábil que vai apresentar em um determinado momento do tempo, todas as movimentações detalhadas do fluxo de caixa de uma empresa, de uma entidade. Então, por meio da Demonstração do Fluxo de Caixa, a gente vai visualizar todas essas movimentações de um determinado período de tempo. E o que seria fluxo de caixa? A norma vai falar que fluxo de caixa é toda a movimentação de caixa de uma empresa. E aí, a gente tem o conceito de caixa e equivalentes de caixa. Tem uma ideia da diferença entre ambos? Caixa é todo recurso em espécie, todo o dinheiro. Por exemplo, imagina um recurso que está disponível na conta corrente de um banco que você vai lá e saca a hora que você quiser. Imagina o dinheiro que está em um cofre de uma empresa, normalmente as empresas deixam ali uma reserva, um valor pequeno, que chamam de caixinha. Esses dois exemplos, a gente pode remeter ao conceito de caixa. E equivalentes de caixa? Pensa, por exemplo, em investimentos de curto prazo. Investimentos que tem alta liquidez e um risco muito pequeno. Esse exemplo, a gente remete a equivalente de caixa. E uma coisa super interessante, é que a norma vai dizer que se a empresa tem um investimento de curto prazo, curto prazo seria aproximadamente 90 dias, com altíssima liquidez, ou seja, conversível a dinheiro imediatamente, a gente pode considerar isso também como equivalente de caixa. Então, lá no balanço patrimonial, você pode verificar investimento como equivalentes de caixa normalmente, porque ele tem alta liquidez, um risco muito pequeno, praticamente zero, e prontamente conversível em dinheiro. Então, podemos considerar isso como equivalentes de caixa. Só para trazer um pouquinho também de contextualização, a DFC passou a ser obrigatória a aproximadamente, um pouquinho mais de dez anos, por intermédio da lei 11.638/2007. Se a gente for considerar a lei das SA's que é a 6.404/1976, uma lei bastante antiga, a gente vai ver que dentro do conjunto de demonstrações obrigatórias tem balanço patrimonial, demonstração do resultado. A DFC passa a ser uma demonstração obrigatória por conta da lei 11.638/2007. Então, depois dessa lei as empresas de grande porte passaram também a ter que divulgar a DFC. E aí, uma contribuição, uma informação que também é interessante, é que não somente as empresas de grande porte utilizam o CPC 03, que é a norma que embasa a DFC, como eu falei anteriormente, como também as instituições financeiras. O BACEN divulgou uma resolução em 2008 que permitiu que os bancos também utilizássem CPC 03 para apresentar a DFC. Então, as instituições financeiras também são obrigadas a publicar a DFC e a elaborar a DFC, por que o BACEN deu o ok... ele falou: "ok, pode seguir o CPC 03, a CVM também". Então, só pra gente ter um pouco desse contexto normativo. Qual é o objetivo da DFC? Da Demonstração do Fluxo de Caixa? O objetivo da DFC é simplesmente evidenciar todas as variações do salto de caixa e de equivalentes de caixa, como eu falei anteriormente, de um determinado período. E aí, ele vai classificar todas as entradas em três atividades. Que são as atividades operacionais, as atividades de investimento e também as atividades de financiamento. A DFC vai apresentar exatamente essas variações, nessas três atividades. Eu queria apresentar a vocês, que está no material, uma figura que foi elaborada pelo professor da FEAUSP, que é o professor Bruno Salotti. O que ele vai apresentar? Ele vai pegar um balanço patrimonial, onde a gente vai observar a relação das atividades operacionais que estão lá no ativo... no passivo também. E lá no patrimônio líquido. Ele acaba dividindo, no slide a gente consegue acompanhar um pouquinho melhor. Ele vai mostrar o seguinte: Tudo o que está na parte corrente, tanto do ativo corrente, quanto no passivo corrente, vai se relacionar com as atividades operacionais, que são aquelas atividades relacionadas com a operação da empresa. Se a gente foi pegar um exemplo, todos os recebimentos de clientes, pagamento dos fornecedores, pagamento de salários do time da operação, tudo isso vai estar relacionado com a parte do ativo corrente e do passivo corrente. E aí, vai se relacionar aqui nas atividades operacionais. As atividades de investimento, fazendo associação com a figura, se a gente for olhar no balanço, toda essa parte do ativo não corrente vai se associar com a atividade de investimento. Então, por exemplo, aplicações de longo prazo. Diferente do que eu informei a pouco, para equivalentes de caixa, aqui sim são aplicações de longo prazo, aplicações que não têm alta liquidez e não são conversíveis imediatamente. O imobilizado também vai fazer parte desse grupo de investimento. E, por fim, a gente tem toda a parte aqui do passivo não corrente. E também do PL, que vai se relacionar com as atividades de financiamento. Só pra gente ilustrar e mostrar, porque aí fica bem mais fácil, quando a gente for analisar a relação do balanço patrimonial com a DFC. Qual é a importância da DFC? A DFC tem uma grande importância, sobretudo porque ela vai demonstrar a capacidade que a empresa tem de gerar caixa. A empresa vai estar demonstrando como que ela utiliza o caixa e o grupo de equivalentes de caixa dentro da sua operação. Por isso que a DFC é importante. Por que o investidor, quando ele está olhando a DFC para tomar uma decisão, ele vai entender como a empresa está gerando caixa. Por meio da DFC, ele consegue ter essa informação de forma clara. Até porque a DFC vai mostrar de forma detalhada, pelas atividades operacional, investimento, financiamento, como que está gerando caixa e equivalentes de caixa. A DFC é apresentada considerando três grupos de atividades, que estão relacionadas com que eu coloquei a pouco aqui na lousa. Então, toda a parte operacional vai estar associada com o fluxo de caixa operacional. Para simplificar, a gente coloca FCO. Toda a parte de investimentos vai estar associada com o fluxo de caixa de investimento, FCI. E, toda a parte de financiamento, vai estar associada com o fluxo de caixa de financiamento ou, para simplificar, FCF. E aqui, no fluxo de caixa operacional, a gente vai verificar todas as gerações de receitas que a empresa teve por meio das suas operações. Tudo que recebeu de clientes, tudo que fez de pagamentos aos seus fornecedores, por exemplo. Tudo isso, a gente vai conseguir avaliar por meio do fluxo de caixa operacional. E o fluxo de caixa de investimento, a gente vai conseguir verificar todas as aquisições, por exemplo, ali com relação a ativos de longo prazo e, também, a outros investimentos. Então, imobilizado, intangíveis, tudo isso a gente vai verificar, toda essa movimentação, entrada e saída do fluxo de caixa de investimento. E tudo aquilo que resulta da composição do capital próprio, investimento da própria entidade ou de terceiros, a gente verifica aqui no fluxo de caixa de financiamentos. Então, basicamente essa é a composição da apresentação do fluxo de caixa operacional. Quando a gente começou esse curso, lembra que eu pedi para você dar uma pesquisa lá no site da B3 e pegar alguma DFC de uma das empresas listadas? Lembra? Pois é. Não sei se você conseguiu dar uma analisada. Se não, pausa esse vídeo novamente e dá uma analisada se você pegou, por exemplo, duas empresas ou três empresas. Dá um analisada e observa a composição da DFC dessas empresas. Então, se você ainda não tiver feito isso, dá uma pausa, congela essa imagem, dá uma olhada, uma breve analisada na apresentação e volta para a gente continuar. Legal. Então, você retornou agora da pausa. Deu uma olhada lá na DFC de alguma das empresas listadas lá no site da B3, e aí você deve ter visto toda a composição da DFC. A gente não vai entrar muito no detalhe agora, mas com certeza você verificou a composição do fluxo de caixa operacional, do fluxo de caixa de investimentos e do fluxo de caixa de financiamento. Com certeza você viu essa informação. No livro do professor Flávio Málaga tem uma informação, que é uma tabela bem interessante, onde vai estar mostrando o estágio do ciclo de vida de uma empresa em função da magnitude dos fluxos de caixa. Está lá no material. Dá uma olhada, se vocês puderem, para acompanhar. O que vai estar lá nessa tabela? Vai estar, por exemplo, startup, empresa que está com alto nível de crescimento, empresa já com crescimento moderado, estável e empresa declinando. E nessa tabela, vai apresentar como é a associação do fluxo de caixa dentro dessas três atividades por tipo de empresa. E aí o que essa tabela vai apresentar? Por exemplo, a startup está com uma ideia. A operação ainda não aconteceu. Tem uma ideia, está tendo bastante captação de recursos. Por isso, que tanto o fluxo de caixa operacional, quanto o fluxo de caixa de investimento são negativos. E aí, o fluxo de caixa de financiamento é alto, justamente para cobrir esses outros fluxos de caixa. Por que a empresa não tem operação. Startup só tem ali uma ideia começando a se estruturar. Investimento é justamente a alta demanda da startup, ela está buscando alto nível de investimento. Então, esses dois fluxos de caixa são negativos compensados pelo fluxo de caixa de financiamento. Isso também acontece para uma empresa de alto crescimento. Ou seja, ela saiu da fase de startup e agora ela está crescendo. Ela tem, também, exatamente uma situação semelhante. Quando que isso vai mudar? Quando ela passa a ter um crescimento moderado. Então começa a ter operações, começa a vender, começa a gerar receita. Então, já começa a melhorar um pouco. O fluxo de caixa de investimento já passa a ser também negativo, só que com menos intensidade. Por que a empresa não vai precisar tanto de investimento, tudo que ela precisava de adquirir... intangíveis, imobilizados, ela já realizou. Então, isso aqui já começa a diminuir. E o fluxo de caixa de financiamento já passa a ser positivo, só que com pouca intensidade, porque a empresa já começa a gerar fluxo de caixa, gerar resultados. E aí a gente tem um nível estável, onde o fluxo de caixa operacional já é alto. Por que a empresa agora está realmente ganhando dinheiro. Está realmente vendendo ou está entregando serviço, está realmente produzindo. O fluxo de caixa operacional já começa a ser alto. O fluxo de caixa de investimento também é negativo, porque o valor que a empresa tem já fica próximo da depreciação ou amortização, se for o caso. Não precisa estar adquirindo investimentos. E o fluxo de caixa de financiamento também é negativo. Por que a empresa começa já a pagar as suas dívidas e, quando é o caso, também está distribuindo dividendos. Então, essa tabela do professor Flávio Málaga é interessante porque mostra essa associação, ou melhor, mostra esse comportamento do ciclo do fluxo de caixa nas empresas. Desde uma empresa startup até uma empresa que já está em operação. E, por fim, essa tabela vai mostrar também como é o fluxo de caixa de uma empresa que está em declínio. Ou seja, chegou no ápice e aí está declínio. A empresa, por alguma razão, não vai seguir com as operações. Então, o fluxo de caixa operacional acaba sendo alto, por que a empresa tem que pagar fornecedores, enfim, funcionários. Fluxo de caixa de investimento praticamente nulo ou mesmo positivo e o fluxo de caixa de financiamento, é um fluxo de caixa negativo. Por que a empresa, além de ter que amortizar as suas dívidas, também tem a obrigação de devolver o recurso para os sócios, para as pessoas que investiram na empresa.

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