Nenhum resultado encontrado.

Contabilidade

CPC 16 / IAS 2 - Custo de Transformação

Tenha acesso ilimitado

Acesso a cursos, guias, artigos e vídeos. Sem pontuação CRC.

R$100

/mês

Começar Também preciso de pontos CRC
17/08/2020
Ivanice Floret
Principal

Então, agora a gente vai falar sobre custos de transformação. Vou colocar aqui na lousa. Custos de transformação. Então, por transformação, aqui nos remetendo ao exemplo da empresa A, que foi o que a gente discutiu inicialmente. A empresa que compra matérias primas e ela vai produzir um ventilador. Para a gente associar aqui e ficar mais simples.

A norma vai dizer que, por custo de transformação, a gente vai considerar todos os custos que são diretamente relacionados com a produção do ativo. Ou seja, tudo aquilo que a empresa... Estiver relacionado diretamente com o processo de produção, de confecção do produto final, do produto que a empresa vai vender. No caso aqui do nosso exemplo, o ventilador.

E, um exemplo aqui bem interessante, é a mão de obra direta, ou a MOD. Talvez, você já deva ter ouvido falar aqui, MOD, mão de obra direta. Então, esse "D" está relacionado com o diretamente. É um custo que faz parte do processo de transformação, do processo de produção. Para a empresa produzir, fabricar um ventilador, ela pode até ter maquinários, pode até ter alguns equipamentos, mas ela também pode ter pessoas, mão de obra direta. E é interessante, nesse sentido, porque a norma também vai dizer para a gente que faz parte do custo de transformação, os custos diretamente relacionados. E também a alocação sistemática. Alocação sistemática de custos indiretos.

Eu, agora, acabei de falar. A empresa tem um custo diretamente atribuível, como a mão de obra direta. E ela pode também ter equipamentos. Acabei de falar isso, né? E olha só que interessante. Vamos pensar que a empresa que fabrica os ventiladores, tem também uma máquina. Uma máquina que faz parte do processo. Em alguma fase dessa produção entra a máquina ou várias máquinas.

E a gente sabe que as máquinas e equipamentos, de modo geral, são passíveis de depreciação. Pelo desgaste, pelo uso, ok? Então, são passíveis de depreciação. Todo mês, também por alocação sistemática, a empresa vai reduzindo o valor daquele ativo. Aí tem alguns métodos. O método da linha reta, por exemplo. Linear, que a gente fala. Ou método de unidades produzidas, por exemplo.

O que é importante? Considerando que a norma fala para a gente que, no custo de transformação, eu considero a alocação sistemática de custos indiretos e, pegando um exemplo aqui, depreciação... Normalmente, a gente considera a depreciação como uma despesa, certo?

Então, se eu vou registrar no meu ativo um imobilizado, um equipamento, e esse equipamento vai ser desvalorizado com o passar do tempo, essa desvalorização eu jogo lá no resultado. Só que, se este equipamento está relacionado com a produção deste estoque, eu não vou jogar essa depreciação no resultado. Essa depreciação, o valor depreciação, vai fazer parte do meu custo.

E depois, quando a empresa for vender esse produto acabado, aí sim, todo esse esse custo vai lá para a demonstração do resultado do exercício, com o CMV. Você já deve ter ouvido falar: Custo de Mercadoria Vendido.

Então, no primeiro momento, a depreciação vai compor o custo do meu ativo. Depois, quando eu for vender esse produto, aí sim, todo esse custo que inclui a depreciação, vai lá para o meu resultado. Ou seja, de imediato, no processo de transformação, esse curso indireto não vai para DRE.

"Denise, eu vou considerar apenas os custos indiretos?". Não. A norma vai falar que, além dos custos indiretos, eu vou considerar os custos fixos, os custos variáveis. Então, todos aqueles custos que estejam relacionados com esse processo de produção. Com essa questão de transformar o produto em um produto acabado. Então, eu vou considerar tudo aquilo que fizer parte da minha linha de produção. A gente citou o exemplo de depreciação. Que eu vou fazer uma ilustração já já aqui na lousa.

Mas, considere também, o custo relacionado com manutenção, manutenção de equipamentos. Ou mesmo instalação também. Isso pode fazer parte do custo como um todo, nessa parte de alocação sistemática. E aí, pegando o exemplo de depreciação, que é mais simples, imagina... A gente está falando ainda sobre custo de transformação. Então, imagina que a gente tem aqui o nosso Balanço Patrimonial, ok? Toma aqui a parte do passivo. Patrimônio líquido. E aqui o nosso ativo.

Então, a empresa tem os seus estoques. Só que ela tem, também, o seu imobilizado. Vamos considerado que, dentro do imobilizado, ela tem um equipamento que é utilizado na fabricação, na produção, do seu estoque. Então, aqui tem o equipamento. Ia colocar abreviado. Esse equipamento tem um custo. Custo de aquisição. Consequentemente, com o passar do tempo, pela obsolescência, pela utilização, esse equipamento vai sendo desvalorizado. Que é a nossa depreciação. Então, vou reduzindo aqui.

Então, vou reduzir aqui pela depreciação. Tudo bem? Se a gente fosse considerar aqui uma empresa normal, vamos dizer assim, uma empresa que não está relacionada com esse processo de transformação de seus estoques. Então, toda vez que a empresa registra uma depreciação, a contrapartida vai ser lá no DRE. Na DRE, eu vou registrar o respectivo valor aqui de despesas de depreciação. Tudo bem?

Então, a contrapartida, faz com crédito aqui, joga uma despesa aqui na DRE. Esse seria um procedimento normal, pensando que não seria uma empresa que produz estoques. Ou, até que seja essa empresa, só que não está relacionado com processo de fabricação. Pode ter equipamento ali que não faça parte do processo de produção dos seus estoques. Então, vai fazer isso aqui. Reduz o ativo. Despesa de depreciação na DRE.

Considerando um item que faz parte do custo de transformação aqui desse meu estoque, essa contrapartida não viria aqui para o DRE. Então, minha DRE não teria aqui esse custo. E para onde eu registro, onde lanço esse valor? A contrapartida vai vir aqui. Vou acrescentar aqui no estoque, depreciação.

Então, vamos considerar, por exemplo, que o estoque, considerando todos custos que a gente falou anteriormente... Aqui, a gente está falando da empresa que transforma. Então, a empresa comprou matéria prima, está fazendo o processo de transformação, então vai considerar mão de obra, que a gente já tinha falado anteriormente como custo diretamente atribuível. Então, vamos considerar que, por enquanto, só tenha aqui R$ 100,00. E que o valor desse equipamento seja de R$ 50,00. E que ela reduziu aqui o equipamento, pela depreciação, em R$ 10,00.

Então, seu imobilizado automaticamente vai ser de R$ 40,00. Ok? R$ 50,00, valor da aquisição do equipamentos. Menos 10 de depreciação, valor líquido aqui na linha do imobilizado de R$ 40,00. Ora, ela tem que ter uma contrapartida, certo? Dessa depreciação. Então esse 10 que eu estou reduzindo, automaticamente vem para cá. Então, vou adicionar, vou somar estoque, já tinha R$ 100,00, no nosso exemplo, que seria mão de obra, mais 10. Então, o valor do meu estoque, quanto vai ser? Vai ser de R$ 110,00. Perfeito, é isso aí.

"Denise, quando esses 10 viriam aqui para DRE?". Vão vir agora. Quando? Vamos ver quando que a empresa vendeu esse estoque. A gente não vai fazer aqui todo o processo de venda, à vista ou a prazo. A gente vai trabalhar só com essa linha aqui, que é o que a gente está discutindo. Então, no momento que a empresa vendeu, ela vendeu tudo isso aqui. Vendeu todo o estoque dela. Então, quanto está avaliado o estoque dela? Está avaliado em R$ 110,00. Então, neste momento, todo esse R$ 110,00 compõe custo. Então, ela viria aqui com custo, na DRE, no valor de R$ 110,00. Então, nesse momento, os 10 aqui, que remetem à depreciação, já estão fazendo parte da DRE, ok?

Então, aqui, só para a gente entender como funciona a questão da composição do custo de transformação. Chamando a atenção para alocação dos custos indiretos, fixos, variáveis, que também estão relacionados com o processo de transformação, que vão compor o valor do custo. E depois a empresa faz a venda, aí sim, ela vai afetar o seu resultado.